NATAL 2011: O DESAFIO DO NASCER E DO VIVER.

Nascer na rua, no Amparo ou na Favela -
para viver onde?


1. O Amparo Maternal de São Paulo

O Amparo Maternal é uma Instituição filantrópica com 70 anos de história em assistência a gestante de todo País pelo Sistema Único de Saúde - SUS. Nasceu da concepção de que nenhuma parturiente na cidade de São Paulo deveria ficar sem um local adequado para dar à luz.
Fundado em 1939 por um grupo de pessoas lideradas pela franciscana Madre Marie Domineuc, pelo médico e professor Dr. Álvaro Guimarães Filho e pelo Arcebispo de São Paulo Dom José Gaspar de Alfonseca e Silva, o Amparo Maternal nasceu com a ideologia de albergar gestantes que não tinham um local digno para dar à luz, muitas delas vivendo nas ruas da cidade de São Paulo.

Voluntárias no Amparo
Com o apoio da Associação Congregação de Santa Catarina desde o ano de 2008 em sua gestão, o Amparo Maternal vem desenvolvendo novos projetos sociais e de formação profissional, para cada vez mais contribuir com sua missão de valorização da vida. A valorização do ser humano e do momento do nascimento está presente em todas as ações dos profissionais e voluntários que aqui trabalham. Opção pelos pobres significa: os pobres em primeiro lugar e para os pobres o melhor!


2. Viver na favela: 11 milhões de brasileiros

Um dia após de o IBGE ter publicado a notícia que 11,4 milhões de brasileiros vivem em favelas (“ocupações irregulares”), São Paulo testemunhou a quase total destruição da Favela do Moinho, no Centro da cidade. De acordo com o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, uma moradora da favela teria dado início ao incêndio na favela. Ela pôs fogo em seu barraco durante briga com o marido. As causas do acidente ainda serão investigadas em inquérito. Segundo os dados do Censo do ano passado, a Favela do Moinho conta com 1.656 habitantes em 530 casas. A Defesa Civil, por sua vez, aponta que a população da comunidade é de 2,5 mil pessoas em 600 imóveis. Até agora, duas pessoas morreram. Onze moradores foram retiradas da laje do prédio abandonado, onde funcionava o Moinho Matarazzo, e levados para a quadra de uma escola da região, pelo helicóptero Águia, que usou uma cesta de salvamento para a retirada das vítimas.


3. Para onde vais? „Ficar em albergue é como ficar na rua. A gente precisa é de uma moradia“.

Sob sol intenso, os moradores que ficaram desabrigados após o incêndio da Favela do Moinho, na região de Campos Elíseos, no Centro de São Paulo, se reuniam em frente a uma creche para pegar água e alimentos na manhã desta sexta-feira (23). Entre eles, os relatos de quem perdeu tudo em meio às chamas.
A auxiliar de serviços gerais Eliene Maria de Jesus, de 38 anos, morava com cinco filhos e um neto em um barraco que ficou completamente destruído. “O meu foi um dos primeiros a ser queimados. A roupinha nova que meus filhos iam usar no fim de ano vão fazer falta, mas eu sinto muito pelas vidas que se perderam”, disse enquanto esperava para pegar um copo d´água. Eliene não quer ir para albergue. “Ficar em albergue é como ficar na rua. Morar em situação ruim a gente já morava. A gente precisa é de uma moradia.”
“Eu estou um pouquinho triste. Queimou a minha roupa, minha bicicletinha, os copos, os pratos”, contou Amanda Teixeira da Silva, de 6 anos. A mãe dela, Maria Teixeira dos Santos, de 44 anos, pediu abrigo a uma amiga. “Esse Natal vai ser triste”, disse.



Feliz Natal


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