O Papa para de improviso seu carro para saudar uma jovem deficiente na Calábria


Durante a sua viagem à Calábria, ao sul da Itália, o Papa Francisco decidiu parar o carro em que viajava para saudar uma jovem com necessidades especiais.







Rose Marie Muraro: a saga de uma mulher impossível

Uma rosa para Rose




Morreu neste sábado (21), no Rio de Janeiro, a escritora e feminista Rose Marie Muraro, aos 83 anos. De acordo com a filha, Tonia Muraro, ela tinha câncer na medula óssea há 10 anos. Na Editora Vozes, Leonardo Boff e Rose Muraro trabalharam juntos por 17 anos.

Leonardo Boff
na Adital de 23.06.14 


No dia 21 de junho concluiu sua peregrinação terrestre no Rio de Janeiro uma das mulheres brasileiras mais significativas do século XX: Rose Marie Muraro (1930-2014). Nasceu quase cega. Mas fez desta deficiência o grande desafio de sua vida. Cedo instituiu que só o impossível abre o novo; só o impossível cria. É o que diz no seu livro Memórias de uma mulher impossível (1999,35). Com parquíssima visão formou-se em física e economia. Mas logo descobriu sua vocação intelectual: de ser uma pensadora da condição humana especialmente da condição feminina. 

Foi ela que no final dos anos 60 do século passado, suscitou a polêmica questão de gênero. Não se limitou à questão das relações desiguais de poder entre homens e mulheres mas denunciou relações de opressão na cultura, nas ciências, nas correntes filosóficas, nas instituições, no Estado e no sistema econômico. Enfim deu-se conta de que no patriarcado de séculos reside a raíz principal deste sistema que desumaniza mulheres e também homens. 

Realizou em si mesma um impressionante processo de libertação, narrado no livro Os seis meses em que fui homem (1990,6ª edição). Mas a obra quiçá mais importante de Rose Marie Muraro tenha sido Sexualidade da Mulher Brasileira: corpo e classe social no Brasil (1996). Trata-se de uma pesquisa de campo em vários Estados da federação, analisando como é vivenciada a sexualidade, tomando em conta a situação de classe das mulheres, coisa ausente nos pais fundadores do discurso psicanalítico. Neste campo Rose inovou, criando uma grelha teórica que nos faz entender a vivência da sexualidade e do corpo consoante as classes sociais. Que tipo de processo de individuação pode realizar uma mulher famélica que para não deixar o filhinho morrer, dá o sangue de seu próprio seio? 


Trabalhei com Rose por 17 anos como editores da Editora Vozes: ela responsável pela parte científica e eu pela parte religiosa. Mesmo sob severo controle dos órgãos de repressão militar, Rose tinha a coragem de publicar os então autores malditos como Darcy Ribeiro, Fernando Henrique Cardoso Paulo Freire os cadernos do CEBRAP e outros. Depois de anos de longa discussão e estudo em conjunto reunimos nossas convergências num livro que considero seminal Feminino & Masculino: uma nova consciência para o encontro das diferenças (Record 2010). 

Destaco apenas uma frase dela: "educar um homem é educar um indivíduo, mas educar uma mulher é educar uma sociedade”. 

Sem deixar nunca de lado a questão do feminino (no homem e na mulher) voltou-se cedo aos desafios da ciência e da técnica moderna. Já em 1969 lançava Autonomação e o futuro do homem e previa a precarização do mundo do trabalho. 

A crise econômico-financeira de 2008 levou-a colocar a questão do capital/dinheiro com o livro Reinventando o capital/dinheiro (Ideias e Letras 2012), onde enfatiza a relevância das moedas sociais e complementares e as redes de trocas solidárias que permitem aos mais pobres garantirem sua subsistência à revelia da economia capitalista dominante. 

Outra obra importante, realmente rica em conhecimentos, dados e reflexões culturais se intitula Os avanços tecnológicos e o futuro da humanidade: querendo ser Deus? (Vozes 2009). Neste texto ela se confronta com a ponta da ciência, com a nanotecnologia, a robótica, a engenharia genética e a biologia sintética. Vê vantagens nessas frentes, pois não é obscurantista. Mas pelo fato de vivermos dentro de uma sociedade que de tudo faz mercadoria, inclusive a vida, percebia o grave risco de os cientistas presumirem poderes divinos e usarem os conhecimentos para redesenharem a espécie humana. Daí o subtítulo: Querendo ser Deus? Essa é a ingênua ilusão dos cientistas. 

O que nos salvará não é essa nova Revolução Tecnológica mas, como diz Rose, é a "Revolução da Sustentabilidade, a única que poderá salvar a espécie humana da destruição…pois a continuarmos como está, não estaremos em um jogo ganha-perde e sim no terrível jogo perde-perde que significará a destruição de nossa espécie, na qual todos perderemos” (Reinventando o Capital/dinheiro, 238).


Rose possuía um sentimento do mundo agudíssimo: sofria com os dramas globais e celebrava os poucos avanços. Nos últimos tempos Rose via nuvens sombrias sobre todo o planeta, pondo em risco o nosso futuro. Morreu preocupada com as buscas de alternativas salvadoras. Mulher de profunda fé e espiritualidade, sonhava com as capacidades humanas de transformar a tragédia anunciada numa crise purificadora rumo a uma sociedade que se reconcilie com a natureza e a Mãe Terra. Conclui seu livro Os avanços tecnológicos com esta sábia frase: ”quando desistirmos de ser deuses poderemos ser plenamente humanos, o que ainda não sabemos o que é, mas que intuímos desde sempre” (p. 354).



Entrevista do Papa Francisco ao periódico La Vanguardia (na íntegra)




(Barcelona, 9.6.2014)

La violencia en nombre de Dios domina Oriente Medio?

Es una contradicción. La violencia en nombre de Dios no se corresponde con nuestro tiempo. Es algo antiguo. Con perspectiva histórica hay que decir que los cristianos, a veces, la hemos practicado. Cuando pienso en la guerra de los Treinta Años, era violencia en nombre de Dios. Hoy es inimaginable, ¿verdad? Llegamos, a veces, por la religión a contradicciones muy serias, muy graves. El fundamentalismo, por ejemplo. Las tres religiones tenemos nuestros grupos fundamentalistas, pequeños en relación a todo el resto.

¿Y qué opina del fundamentalismo?

Un grupo fundamentalista, aunque no mate a nadie, aunque no le pegue a nadie, es violento. La estructura mental del fundamentalismo es violencia en nombre de Dios.

Algunos dicen de usted que es un revolucionario.

Deberíamos llamar a la gran Mina Mazzini, la cantante italiana, y decirle “prendi questa mano, zinga" y que me lea el pasado, a ver qué (risas). Para mí, la gran revolución es ir a las raíces, reconocerlas y ver lo que esas raíces tienen que decir el día de hoy. No hay contradicción entre revolucionario e ir a las raíces. Más aún, creo que la manera para hacer verdaderos cambios es la identidad. Nunca se puede dar un paso en la vida si no es desde atrás, sin saber de dónde vengo, qué apellido tengo, qué apellido cultural o religioso tengo.

Usted ha roto muchos protocolos de seguridad para acercarse a la gente.

Sé que me puede pasar algo, pero está en manos de Dios. Recuerdo que en Brasil me habían preparado un papamóvil cerrado, con vidrio, pero yo no puedo saludar a un pueblo y decirle que lo quiero dentro de una lata de sardinas, aunque sea de cristal. Para mí eso es un muro. Es verdad que algo puede pasarme, pero seamos realistas, a mi edad no tengo mucho que perder.

¿Por qué es importante que la Iglesia sea pobre y humilde?

La pobreza y la humildad están en el centro del Evangelio y lo digo en un sentido teológico, no sociológico. No se puede entender el Evangelio sin la pobreza, pero hay que distinguirla del pauperismo. Yo creo que Jesús quiere que los obispos no seamos príncipes, sino servidores.

¿Qué puede hacer la Iglesia para reducir la creciente desigualdad entre ricos y pobres?

Está probado que con la comida que sobra podríamos alimentar a la gente que tiene hambre. Cuando usted ve fotografías de chicos desnutridos en diversas partes del mundo se agarra la cabeza, no se entiende. Creo que estamos en un sistema mundial económico que no es bueno. En el centro de todo sistema económico debe estar el hombre, el hombre y la mujer, y todo lo demás debe estar al servicio de este hombre. Pero nosotros hemos puesto al dinero en el centro, al dios dinero. Hemos caído en un pecado de idolatría, la idolatría del dinero. La economía se mueve por el afán de tener más y, paradójicamente, se alimenta una cultura del descarte. Se descarta a los jóvenes cuando se limita la natalidad. También se descarta a los ancianos porque ya no sirven, no producen, es clase pasiva… Al descartar a los chicos y a los ancianos, se descarta el futuro de un pueblo porque los chicos van a tirar con fuerza hacia adelante y porque los ancianos nos dan la sabiduría, tienen la memoria de ese pueblo y deben pasarla a los jóvenes. Y ahora también está de moda descartar a los jóvenes con la desocupación. A mí me preocupa mucho el índice de paro de los jóvenes, que en algunos países supera el 50%. Alguien me dijo que 75 millones de jóvenes europeos menores de 25 años están en paro. Es una barbaridad. Pero descartamos toda una generación por mantener un sistema económico que ya no se aguanta, un sistema que para sobrevivir debe hacer la guerra, como han hecho siempre los grandes imperios. Pero como no se puede hacer la Tercera Guerra Mundial, entonces se hacen guerras zonales. ¿ Y esto qué significa? Que se fabrican y se venden armas, y con esto los balances de las economías idolátricas, las grandes economías mundiales que sacrifican al hombre a los pies del ídolo del dinero, obviamente se sanean. Este pensamiento único nos quita la riqueza de la diversidad de pensamiento y por lo tanto la riqueza de un diálogo entre personas. La globalización bien entendida es una riqueza. Una globalización mal entendida es aquella que anula las diferencias. Es como una esfera, con todos los puntos equidistantes del centro. Una globalización que enriquezca es como un poliedro, todos unidos pero cada cual conservando su particularidad, su riqueza, su identidad, y esto no se da.

¿Le preocupa el conflicto entre Catalunya y España?

Toda división me preocupa. Hay independencia por emancipación y hay independencia por secesión. Las independencias por emancipación, por ejemplo, son las americanas, que se emanciparon de los estados europeos. Las independencias de pueblos por secesión es un desmembramiento, a veces es muy obvio. Pensemos en la antigua Yugoslavia. Obviamente, hay pueblos con culturas tan diversas que ni con cola se podían pegar. El caso yugoslavo es muy claro, pero yo me pregunto si es tan claro en otros casos, en otros pueblos que hasta ahora han estado juntos. Hay que estudiar caso por caso. Escocia, la Padania, Catalunya Habrán casos que serán justos y casos que no serán justos, pero la secesión de una nación sin un antecedente de unidad forzosa hay que tomarla con muchas pinzas y analizarla caso por caso.

La oración por la paz del domingo no fue fácil de organizar ni tenía precedentes en Oriente Medio ni en el mundo. ¿Cómo se sintió usted?

Sabe que no fue fácil porque usted estaba en el ajo y se le debe gran parte del logro. Yo sentía que era algo que se nos escapa a todos. Acá, en el Vaticano, un 99% decía que no se iba a hacer y después el 1% fue creciendo. Yo sentía que nos veíamos empujados a una cosa que no se nos había ocurrido y que, poco a poco, fue tomando cuerpo. No era para nada un acto político –eso lo sentí de entrada– sino que era un acto religioso: abrir una ventana al mundo.

¿Por qué eligió meterse en el ojo del huracán que es Oriente Medio?

El verdadero ojo del huracán, por el entusiasmo que había, fue la Jornada Mundial de la Juventud de Río de Janeiro el año pasado. A Tierra Santa decidí ir porque el presidente Peres me invitó. Yo sabía que su mandato terminaba esta primavera, así que me vi obligado, de alguna manera, a ir antes. Su invitación precipitó el viaje. Yo no tenía pensando hacerlo.

¿Por qué es importante para todo cristiano visitar Jerusalén y Tierra Santa?

Por la revelación. Para nosotros, todo empezó ahí. Es como “el cielo en la tierra”, un adelanto de lo que nos espera en el más allá, en la Jerusalén celestial.

Usted y su amigo el rabino Skorka se abrazaron frente al muro de las Lamentaciones. ¿Qué importancia ha tenido este gesto para la reconciliación entre cristianos y judíos?

Bueno, en el Muro también estaba mi buen amigo el profesor Omar Abu, presidente del Instituto del Diálogo Interreligioso de Buenos Aires. Quise invitarlo. Es un hombre muy religioso, padre de dos hijos. También es amigo del rabino Skorka y los quiero a los dos un montón, y quise que esta amistad entre los tres se viera como un testimonio.

Me dijo hace un año que “dentro de cada cristiano hay un judío”.

Quizá lo más correcto sería decir que “usted no puede vivir su cristianismo, usted no puede ser un verdadero cristiano, si no reconoce su raíz judía”. No hablo de judío en el sentido semítico de raza sino en sentido religioso. Creo que el diálogo interreligioso tiene que ahondar en esto, en la raíz judía del cristianismo y en el florecimiento cristiano del judaísmo. Entiendo que es un desafío, una papa caliente, pero se puede hacer como hermanos. Yo rezo todos los días el oficio divino con los salmos de David. Los 150 salmos los pasamos en una semana. Mi oración es judía, y luego tengo la eucaristía, que es cristiana.

¿Cómo ve el antisemitismo?

No sabría explicar por qué se da, pero creo que está muy unido, en general, y sin que sea una regla fija, a las derechas. El antisemitismo suele anidar mejor en las corrientes políticas de derecha que de izquierda, ¿no? Y aún continúa. Incluso tenemos quien niega el holocausto, una locura.

Uno de sus proyectos es abrir los archivos del Vaticano sobre el holocausto. Traerán mucha luz. ¿Le preocupa alguna cosa que pueda descubrirse?

En este tema lo que me preocupa es la figura de Pío XII, el papa que lideró la Iglesia durante la Segunda Guerra Mundial. Al pobre Pío XII le han tirado encima de todo. Pero hay que recordar que antes se lo veía como el gran defensor de los judíos. Escondió a muchos en los conventos de Roma y de otras ciudades italianas, y también en la residencia estival de Castel Gandolfo. Allí, en la habitación del Papa, en su propia cama, nacieron 42 nenes, hijos de los judíos y otros perseguidos allí refugiados. No quiero decir que Pío XII no haya cometido errores –yo mismo cometo muchos–, pero su papel hay que leerlo según el contexto de la época. ¿Era mejor, por ejemplo, que no hablara para que no mataran más judíos, o que lo hiciera? También quiero decir que a veces me da un poco de urticaria existencial cuando veo que todos se la toman contra la Iglesia y Pío XII, y se olvidan de las grandes potencias. ¿Sabe usted que conocían perfectamente la red ferroviaria de los nazis para llevar a los judíos a los campos de concentración? Tenían las fotos. Pero no bombardearon esas vías de tren. ¿Por qué? Sería bueno que habláramos de todo un poquito.

¿Usted se siente aún como un párroco o asume su papel de cabeza de la Iglesia?

La dimensión de párroco es la que más muestra mi vocación. Servir a la gente me sale de dentro. Apago la luz para no gastar mucha plata, por ejemplo. Son cosas que tiene un párroco. Pero también me siento Papa. Me ayuda a hacer las cosas con seriedad. Mis colaboradores son muy serios y profesionales. Tengo ayuda para cumplir con mi deber. No hay que jugar al papa párroco. Sería inmaduro. Cuando viene un jefe de Estado, tengo que recibirlo con la dignidad y el protocolo que se merece. Es verdad que con el protocolo tengo mis problemas, pero hay que respetarlo.

Usted está cambiando muchas cosas. ¿Hacia qué futuro llevan estos cambios?

No soy ningún iluminado. No tengo ningún proyecto personal que me traje debajo del brazo, simplemente porque nunca pensé que me iban a dejar acá, en El Vaticano. Lo sabe todo el mundo. Me vine con una valija chiquita para volver enseguida a Buenos Aires. Lo que estoy haciendo es cumplir lo que los cardenales reflexionamos en las Congregaciones Generales, es decir, en las reuniones que, durante el cónclave, manteníamos todos los días para discutir los problemas de la Iglesia. De ahí salen reflexiones y recomendaciones. Una muy concreta fue que el próximo Papa debía contar con un consejo exterior, es decir, con un equipo de asesores que no viviera en el Vaticano.

Y usted creó el llamado consejo de los Ocho.

Son ocho cardenales de todos los continentes y un coordinador. Se reúnen cada dos o tres meses acá. Ahora, el primero de julio tenemos cuatro días de reunión, y vamos haciendo los cambios que los mismos cardenales nos piden. No es obligatorio que lo hagamos pero sería imprudente no escuchar a los que saben.

También ha hecho un gran esfuerzo para acercarse a la Iglesia ortodoxa.

La ida a Jerusalén de mi hermano Bartolomé I era para conmemorar el encuentro de 50 años atrás entre Pablo VI y Atenágoras I. Fue un encuentro después de más de mil años de separación. Desde el Concilio Vaticano II, la Iglesia católica hace los esfuerzos de acercarse y la Iglesia ortodoxa lo mismo. Con algunas iglesias ortodoxas hay más cercanía que otras. Quise que Bartolomé I tuviera conmigo en Jerusalén y allí surgió el plan de que viniera también a la oración del Vaticano. Para él fue un paso arriesgado porque se lo pueden echar en cara, pero había que estrechar este gesto de humildad, y para nosotros es necesario porque no se concibe que los cristianos estemos divididos, es un pecado histórico que tenemos que reparar.

Ante el avance del ateísmo, ¿qué opina de la gente que cree que la ciencia y la religión son excluyentes?

Hubo un avance del ateísmo en la época más existencial, quizás sartriana. Pero después vino un avance hacia búsquedas espirituales, de encuentro con Dios, en mil maneras, no necesariamente las religiosas tradicionales. El enfrentamiento entre ciencia y fe tuvo su auge en la Ilustración, pero que hoy no está tan de moda, gracias a Dios, porque nos hemos dado cuenta todos de la cercanía que hay entre una cosa y la otra. El papa Benedicto XVI tiene un buen magisterio sobre la relación entre ciencia y fe. En líneas generales, lo más actual es que los científicos sean muy respetuosos con la fe y el científico agnóstico o ateo diga “no me atrevo a entrar en ese campo”.

Usted ha conocido a muchos jefes de Estado.

Han venido muchos y es interesante la variedad. Cada cual tiene su personalidad. Me ha llamado la atención un hecho transversal entre los políticos jóvenes, ya sean de centro, izquierda o derecha. Quizás hablen de los mismos problemas pero con una nueva música, y eso me gusta, me da esperanza porque la política es una de las formas más elevadas del amor, de la caridad. ¿Por qué? Porque lleva al bien común, y una persona que, pudiendo hacerlo, no se involucra en política por el bien común, es egoísmo; o que use la política para el bien propio, es corrupción. Hace unos quince años los obispos franceses escribieron una carta pastoral que es una reflexión con el título "Réhabiliter la politique". Es un texto precioso hace darte cuenta de todas estas cosas.

¿Qué opina de la renuncia de Benedicto XVI?

El papa Benedicto ha hecho un gesto muy grande. Ha abierto una puerta, ha creado una institución, la de los eventuales papas eméritos. Hace 70 años, no había obispos eméritos. ¿Hoy cuántos hay? Bueno, como vivimos más tiempo, llegamos a una edad donde no podemos seguir adelante con las cosas. Yo haré lo mismo que él, pedirle al Señor que me ilumine cuando llegue el momento y que me diga lo que tengo que hacer, y me lo va a decir seguro.

Tiene una habitación reservada en una casa de retiro en Buenos Aires.

Sí, en una casa de retiro de sacerdotes ancianos. Yo dejaba el arzobispado a finales del año pasado y ya había presentado la renuncia al papa Benedicto cuando cumplí 75 años. Elegí una pieza y dije “quiero venir a vivir acá”. Trabajaré como cura, ayudando a las parroquias. Ése iba a ser mi futuro antes de ser Papa.

No le voy a preguntar a quién apoya en el Mundial...

Los brasileros me pidieron neutralidad (ríe) y cumplo con mi palabra porque siempre Brasil y Argentina son antagónicos.

¿Cómo le gustaría que le recordara la historia?


No lo he pensado, pero me gusta cuando uno recuerda a alguien y dice: “Era un buen tipo, hizo lo que pudo, no fue tan malo”. Con eso me conformo.



Indígena do povo guarani estende faixa por demarcação na abertura da Copa "para nós sermos lembrados".


A imagem foi censurada pela transmissão de tevê. Wera, de 13 anos, foi um dos adolescentes que soltaram pombas brancas antes do início do jogo entre Brasil e Croácia. O protesto foi pensado há cerca de um mês, quando guaranis foram convidados à abertura.

por Piero Locatelli —
publicado 13/06/2014, Carta Capital




Uma criança branca, uma negra e um índio com um cocar entraram juntos na abertura da Copa nesta quinta-feira 12. As imagens da televisão mostraram as crianças soltando três pombas brancas minutos antes do início da partida entre Brasil e Croácia. As emissoras omitiram, porém, a imagem do indígena abrindo logo em seguida uma faixa onde estava escrito "demarcação".

A faixa do jovem de 13 anos lembrava a demora do governo federal para demarcar as terras indígenas no Brasil. O garoto vive na aldeia Krukutu, na região da Parelheiros, no extremo sul da cidade de São Paulo. No local, os índios moram em situação precária enquanto aguardam a assinatura da demarcação pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

O ato foi pensado há cerca de um mês, quando os organizadores da Copa buscaram os guarani da cidade para convidá-los a fazer parte da abertura. Os indígenas resolveram aproveitar a oportunidade para mostrarem sua reivindicação.

"Naquele momento, aceitamos o convite e começamos a pensar em fazer alguma coisa na abertura. Nós organizamos que alguém iria entrar com uma faixa escondida, aí falamos para ele: `abre a faixa lá e seja o que Deus quiser´", diz Fabio Jekupé, liderança da aldeia indígena. 

Em meio a uma campanha pela demarcação de terras em todo país, os guaranis dizem que não são contra a Copa. Segundo David Karai, morador da aldeia do Jaraguá em São Paulo, os indígenas não participaram dos atos contra o mundial, mas dizem que o evento foi uma oportunidade para mostrar ao mundo a situação em que vivem. “Os guaranis estão vendo a copa, todos os jogos. Por isso mesmo nós temos que ir pra rua e mostrar que nós estamos vivos, para nós sermos lembrados”.





No acampamento Copa do Povo, não teve Copa





de Camilla Costa
Da BBC Brasil em São Paulo

Na ocupação Copa do Povo, que fica a cerca de 3,5 km da Arena Corinthians, na zona leste de São Paulo, teve Copa do Mundo, mas não com a seleção brasileira.



Na manhã desta quinta-feira, horas antes da abertura oficial do Mundial, os moradores dos barracos fizeram seu próprio torneio de futebol, no qual os times representavam categorias de trabalhadores que reivindicaram melhorias salariais nos últimos meses: garis, professores, metroviários e outros.



Muitos vestiam a camisa da seleção brasileira, mas a possibilidade de assistir à partida contra Croácia no fim da tarde dividia opiniões.

"Eu queria que não tivesse Copa, mas ver a seleção brasileira jogar eu acho que não tem nada a ver com isso", disse Loamir Augusto de Souza, de 29 anos, à BBC Brasil. Ele é técnico de telefones celulares e diz que se divide entre a ocupação e uma casa de um cômodo, cujo aluguel nem sempre consegue pagar.
Loamir estava completamente vestido com as cores da seleção brasileira porque estava vendendo os produtos para os possíveis torcedores. Mas não teve muita sorte na ocupação. "Só vendi alguma coisa fora daqui e só hoje, porque é o dia da Copa. Antes não vendi nada."


Sorrisos amargos

'Nenhum sorriso que você vir aqui é verdadeiro', disse o morador da Copa do Povo
A história de Loamir ilustra o clima na ocupação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que começou há um mês.

Antes do início dos jogos, os moradores fizeram uma cerimônia de abertura com críticas à Fifa e ao que chamaram de Copa "elitizada". Álbuns da Copa foram queimados durante à cerimônia, mas as crianças da ocupação rapidamente se juntaram para recolher as figurinhas restantes. Muitos vestiam camisas da seleção ou até uniformes completos.

Depois do torneio - cujos jogos acontecerão no mesmo dia dos jogos da seleção - diversas pessoas deixaram a ocupação para assistir o jogo nas casas de amigos e familiares. Os que ficavam se mostravam divididos entre torcer e "dar ibope" para a Fifa.


Discussão


"Tem pessoas que vão assistir os jogos e torcer. As nossas críticas não são aos jogos e à seleção, são ao modo como a Copa foi feita aqui no Brasil. Os gastos públicos bilionários, o aumento da especulação imobiliária que a Copa trouxe especialmente para a região de Itaquera e a postura da Fifa", disse à BBC Brasil Josué Rocha, de 25 anos, coordenador estadual do MTST.

Rocha foi o principal organizador do torneio de futebol da Copa do Povo, mas depois que deixou a ocupação, os coordenadores presentes discutiram sobre se deixariam que os moradores assistissem à partida na única TV disponível no local, que fica dentro do "barracão dos militantes".

A decisão final, com a qual nem todos os líderes ficaram satisfeitos, foi a de não permitir a torcida. A televisão permaneceu ligada, mas em um canal que não exibia o jogo. Donos de casas vizinhas à ocupação, viraram seus televisores para a rua, mas a adesão foi baixa: a maioria dos que ficou na ocupação fez questão de não assistir à vitória da seleção sobre a Croácia por 3 a 1.


A alternativa de um pequeno grupo de torcedores foi o celular com TV de Daniel Paz, de 19 anos. O rapaz, que é ajudante de eletricista, foi encontrar com a esposa, que mora na Copa do Povo. Era sua primeira visita ao local. "Eu não estou nem torcendo muito, estou só acompanhando mesmo", disse.
Moradores se dividem entre críticas à Fifa e ao governo e torcida pela seleção.

Em um bar próximo ao local, Valter de Oliveira Ponte, de 35 anos, e outros moradores acompanhavam a primeira partida do Mundial, também divididos entre a animação e as críticas ao governo.

"Como a Dilma nos ajudou a conseguir o terreno, vim prestigiar a seleção. Agora ela vai ter que honrar a palavra dela", afirmou à BBC Brasil. "Mas não estou alegre, nem triste, o certo é quando eu tiver meu teto. Eu não ganho nada com esse jogo."

A ocupação Copa do Povo reúne cerca de 4 mil pessoas, segundo a organização, num terreno privado de 150 mil metros quadrados e é de propriedade da Viver Incorporadora. Em nota à imprensa, a construtora, que busca reintegração de posse, afirmou que a área não tem débitos com a justiça.


Nos últimos dias, o movimento fez vários atos pedindo moradia, colocando milhares de manifestantes nas ruas. O governo abriu um canal de negociações e o MTST anunciou que a área deve ser usada para a construção de moradias populares.

Segundo o MTST, que coordena a construção dos barracos, o local – cujo valor de mercado é estimado em mais de R$ 20 milhões – está abandonado há mais de 20 anos.

Protestos, vaias e violência



Também no dia da abertura da Copa do Mundo em São Paulo teve protestos que terminaram em confrontos entre a Tropa de Choque e manifestantes. Os tumultos terminaram com jornalistas feridos e suspeitos detidos. 




O ESPÍRITO SANTO: PROTAGONISTA DA MISSÃO


          O Espírito Santo é força divina e dom. Ele está no início de todas as caminhadas que geram vida. Crer no Espírito Santo significa crer no Senhor que dá a vida (Credo de Constantinopla I, 381). Ele é aquele “Espírito de Deus” que no princípio do tempo e do mundo “pairava sobre as águas” (Gn 1,2). No PRINCÍPIO eram o Verbo e o Espírito. Ambos são inseparáveis. Um é caminho e o outro é guia, juntos ao Deus Pai, criador do mundo.




A mesma unidade trinitária, que estava na origem da criação, está na origem da recriação do mundo, na encarnação. Maria concebeu seu filho Jesus, Palavra de Deus, redentora do mundo, pela força do Espírito Santo. E esse mesmo Espírito está no início da missão de Jesus de Nazaré. Nele, o filho do carpinteiro de Nazaré foi confirmado “Filho bem-amado” de Deus, por ocasião de seu batismo no Jordão (Lc 3,22). Nele foi ungido Messias e fez o discernimento decisivo de sua vida sobre a finalidade de sua missão: “Ele me ungiu para evangelizar os pobres” (Lc 4,18). No mesmo Espírito, na festa de Pentecostes, a Igreja começa “a falar em outras línguas” (At 2,4) e inicia a sua missão, revestida “da força do Alto” (Lc 24,49).

a) Pentecostes


Na festa de Pentecostes, festa do dom da Lei para os judeus e para os cristãos, festa do dom do novo mandamento, o testemunho da futura Igreja rompe as barreiras lingüísticas e étnicas, e a “Lei de Cristo” (Gl 6,2) começa a ser anunciada a todos os povos. E esse anúncio das maravilhas de Deus na língua dos outros povos acontece pela força do Espírito. Nele, judeus e gentios são chamados a se tornarem povo de Deus, povo da Nova Aliança (cf. At 15,14). Nesse evento pentecostal, a unidade plural no Espírito Santo supera a confusão e dispersão de Babel (Gn 11,1-9) e os discípulos e as discípulas são convocados e enviados como testemunhas da ressurreição de Jesus e servos e servas do Reino de Deus. Pentecostes é a festa pascal que está no início da missão.

A fundação da Igreja, por princípio, quer dizer, desde o início, missionária, na festa de Pentecostes, festa da convocação e do envio, estrutura a trajetória universal do anúncio do Evangelho da Graça. Universalidade dos horizontes e concretude dos conflitos, contextualidade, pluralidade das formas nas Igrejas locais e gratuidade dos modos de salvação ligam ação e anúncio missionários de maneira especial ao Espírito Santo. Em Pentecostes, a Igreja é concebida pelo Espírito Santo. Ele “acompanha e dirige” (AG 4) os atos dos apóstolos, dos discípulos e das discípulas sem cessar.

Os Atos dos Apóstolos são o livro da missão realizada sob o protagonismo do Espírito Santo. Pentecostes continua na missão dos apóstolos. “Lucas coloca vários Pentecostes sucessivos: em Jerusalém (At 2; 4,25-31), na Samaria (At 8,14-17), aquele que inicia a aventura missionária com Cornélio e o evento de Cesaréia (At 10,44-48; 11,15-17) e até o episódio de Éfeso (At 19,1-6)” (CONGAR, p. 69). O Espírito do alto converte Pedro e a Igreja de Jerusalém da estreiteza étnico-religiosa para o horizonte amplo da humanidade e dos confins do mundo. Sob iniciativa do Espírito acontece o batismo dos primeiros gentios e a primeira missão na diáspora judaica, em Antioquia. A manifestação do Espírito produziu uma profunda conversão na liderança de Pedro e nas atitudes das comunidades judaicas (cf. At 10; 13,2; 15). Foi o Espírito Santo que fez a jovem Igreja se lembrar de que são “os doentes que precisam do médico e não os sãos” (Lc 5,31) e que o “Filho do homem veio procurar e salvar o que estava perdido” (Lc 19,10) e não para manter os salvos.

b) Espírito da Verdade

O Espírito Santo é o “Espírito da Verdade” (Jo 14,17) que fala em muitas línguas, mas “não fala de si mesmo” (Jo 16,13). Este Espírito faz a comunidade de Jerusalém compreender que sua missão não é cuidar de si mesma. A comunidade aprende do Espírito que a sua missão está no despojamento e no descentramento voltado para a unidade com outras comunidades e povos. O Espírito da Verdade sabe articular o plural e as diferenças numa unidade maior, sem hegemonias isoladas, e sabe despojar-se dos e nos sinais de mediação. A diferença étnica e o plural cultural não afetam a verdade. O Espírito da Verdade pode ser experimentado na água do batismo e no fogo da sarça ardente, no óleo da unção messiânica e na luz de uma consciência nova, no imaginário da pomba palpável e da nuvem distante. “Despojamento”, “descentramento” e “apagamento” (cf. CatIC n. 694, 687) permitem transformar uma comunidade de manutenção numa comunidade missionária que procura comunicar-se com os outros, os pobres, os sofredores e os perdidos.


O Espírito Santo é Espírito da Verdade, não por causa de uma doutrina certa, uma lei perfeita ou uma moral superior, mas porque nele acontece a verdade na geração da vida: na prática do novo mandamento (Jo 13,34) e da justiça maior em favor dos pobres. Na raiz da pobreza está o “pai da mentira”, o diabo, que perturba a ordem social – “aquele que acusava nossos irmãos dia e noite” (Ap 12,10). O Espírito Santo é o Paráclito, o “consolador”, o “intercessor” e o “advogado” dos pobres (cf. DEV 3b).


Na “Sequência de Pentecostes”, o Espírito Santo é invocado não apenas como aquele que “dobra o que é rígido” (flecte quod est rigidum), mas também como “pai dos pobres” (pater pauperum). Não se trata de um pai abstrato, sem rosto. Com os pobres, que nele se tornam nossos irmãos e irmãs, ele nos introduz nos grandes conflitos da humanidade e ao Reino dos Céus (cf. Mt 5,3; Lc 6,20). Por causa desta proximidade dos pobres, o Espírito é, realmente, Espírito da Verdade, que vem do Pai e dá testemunho de Jesus. Ao conduzir os discípulos aos pobres, ele conduzirá os discípulos no caminho da “verdade plena” (Jo 16,13; cf. 15,26) e no caminho da “vida plena”, no caminho do Reino. A manifestação divina da verdade acontece na pobreza que garante o incógnito. Ao envolver a Igreja, através dos pobres, nas grandes causas da humanidade, a “opção pelos pobres” só faz sentido no próprio empobrecimento, capaz de transformar a missão ad pauperes numa missão inter pauperes, a opção pelos pobres numa opção com e entre eles.
A missão exige mais que  abrir mão de bens materiais; exige, sobretudo, abrir mão de tradições, até de tradições salvíficas, mas disfuncionais e, portanto, fardos dispensáveis, diante de um novo contexto histórico e cultural. A ação salvífica de Deus – antigamente denominada “salvação das almas” – ultrapassa todo exclusivismo e esoterismo dos sinais salvíficos de judeus e de cristãos. Isso não desvaloriza esses sinais, mas os redimensiona diante da possibilidade cultural das pessoas concretas e os relativiza diante do poder de Deus. Nessa flexibilidade – não nos conteúdos, mas diante das práticas corporativistas e da padronização de uma roupagem cultural única –, o Espírito Santo permanece Espírito da Verdade e se revela na missão como protagonista do Evangelho da Graça (cf. RM 21b). Ele dinamiza esse Evangelho e se faz presente em todas as formas de doação da vida: no diálogo paciente, na presença silenciosa, no testemunho, na contemplação e na ação, na caridade, na misericórdia e na justiça. Tudo que sustenta a esperança num mundo em desespero é desdobramento da Boa-Nova sustentada pelo Espírito.

c) Gratuidade

O Espírito Santo, pai dos pobres e protagonista da missão, é dom divino e doador dos dons (dator múnerum).[1] O dom realmente importante é o amor (1Co 13), que gera unidade e gratuidade. As três formas do agir de Deus são, segundo Santo Agostinho, criar (a humanidade e o cosmo), gerar (o Filho de Deus) e doar (Espírito Santo). O Espírito Santo é Deus no gesto do Dom (AGOSTINHO, liv. XV, 29, p. 524).

Na gratuidade e na unidade do Espírito Santo, que se concretizam na missão, se manifesta a resistência contra a lógica de custo-benefício, que divide a humanidade, e contra formas burocráticas do agir eclesial. A Igreja, com suas instâncias institucionais, não precisa ter medo do Espírito Santo. O movimento pentecostal e a renovação carismática são, antes de representarem uma ameaça, uma advertência para equilibrar a dinâmica trinitária. O perigo da Igreja não está na sua redução numérica, mas numa mesquinhez crescente. Gratuidade e unidade no Espírito Santo significam continuidade, ruptura e mobilização, alegria e espontaneidade. “É gratuitamente que fostes salvos, por meio da fé. Isto não provém de nossos méritos, mas é puro dom de Deus” (Ef 2,8s).

A gratuidade garante a continuidade da história de salvação. Ela está presente nas diferentes etapas de início da vida como dom e graça. Por isso, de modo particular, está ligado aos sacramentos de iniciação que são sacramentos da caminhada, ao batismo, à confirmação e à Eucaristia (cf. CONGAR, p. 140-147). Ao religar e refazer esses inícios, ao completar a criação pela recapitulação, o Espírito Santo mostra a face de Deus através de gestos significativos de continuidade e ruptura, de despojamento e inovação, como princípio dinâmico na história de salvação. A gratuidade, que, simbolicamente, celebramos na “ação de graça”, na Eucaristia, é a condição da não-violência e da paz no mundo. A gratuidade aponta para a possibilidade de um mundo para todos. O Espírito que é dom, graça e gratuidade, o Espírito que dá vida, vive no Verbo encarnado, na Palavra cumprida. Ele, que é a vida do Verbo, vive também conosco na Palavra de Deus cumprida na fidelidade à missão.





[1] A mesma Seqüência fala dos sete dons (sacrum septenárium), sete fontes da graça e dons da vida, como os sacramentos, lembrando a tradição messiânica de Isaías: Sabedoria, inteligência, conselho, fortaleza, ciência, piedade, temor de Deus (Is 11,2). 

Alderon Costa será o próximo Ouvidor-Geral da Defensoria Pública de SP



Na no início de maio foi definido o nome do próximo Ouvidor-Geral da Defensoria Pública do Estado de São Paulo. Alderon Pereira da Costa foi o candidato mais votado pelo Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CONDEPE), colegiado responsável pela eleição da lista tríplice para o cargo de Ouvidor/a-Geral da Defensoria. Alderon foi eleito para exercer o cargo no biênio 2014-2016, sucedendo a atual Ouvidora-Geral, Luciana Zaffalon.

A candidatura de Alderon Costa contou com o apoio da Rede Rua, entidade que trabalha na defesa dos direitos da população em situação de rua. Integrante do Conselho Consultivo da Ouvidoria desde 2013, Alderon já participou ativamente de diversas iniciativas ligadas à Ouvidoria e à Defensoria, como a Jornada pela Moradia Digna.
O Ouvidor eleito é formado em Filosofia e em Comunicação Social, com especialização em Jornalismo. Tem experiência na área social, bem como em educação e comunicação. Fez Especialização em Comunicação Social, pela Universidade Politécnica Salesiana do Equador, e em Mobilização de Recursos para o 3º Setor, pela ONG Procura – México, conveniada a Universidade de Indiana. Atua como editor do Jornal “O Trecheiro”, como coordenador de projetos da Associação Rede Rua, como fotógrafo. É, ainda, sócio-fundador e Vice-presidente da Organização Civil de Ação Social (OCAS), que produz a revista de rua “Ocas”.
Início do mandato e transição
A nomeação de Alderon deve ser publicada em até 15 dias pela Defensoria Pública-Geral. Seu mandato na Ouvidoria-Geral se inicia em 7 de junho, quando se encerra a gestão da atual Ouvidora, Luciana Zaffalon.
Durante este mês de maio se realizarão atividades conjuntas de transição com o novo Ouvidor, levando a cabo o cuidadoso planejamento desenhado pela atual gestão e pela Equipe da Ouvidoria.
A gestão atual também está em fase de fechamento de seu relatório de atividades, reunindo os principais marcos dos últimos quatro anos, que será publicado em breve.
Processo eleitoral e atuação conjunta
O processo eleitoral para a Ouvidoria da Defensoria contou, ao todo, com cinco candidaturas: Claudinei Correa, que tinha o apoio do Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDECA) “Jair Jesuíno Trindade”; Luiz Kohara, que reuniu o apoio das entidades Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos, Católicas pelo Direito de Decidir, Central de Movimentos Populares, Serviço Pastoral dos Imigrantes e União dos Movimentos de Moradia da Grande São Paulo e Interior; Pedro Aguerre, que teve sua candidatura respaldada pelo Centro Santo Dias de Direitos Humanos da Arquidiocese de São Paulo; e Rute Alonso, apoiada pela União de Mulheres do Município de São Paulo.
O próximo Ouvidor-Geral é formado em Filosofia e em Comunicação Social, com especialização em Jornalismo. Tem experiência na área social, bem como em educação e comunicação. Fez Especialização em Comunicação Social, pela Universidade Politécnica Salesiana do Equador, e em Mobilização de Recursos para o 3º Setor, pela ONG Procura – México, conveniada a Universidade de Indiana. Atua como editor do Jornal “O Trecheiro”, como coordenador de projetos da Associação Rede Rua, como fotógrafo. É, ainda, sócio-fundador e Vice-presidente da Organização Civil de Ação Social (OCAS), que produz a revista de rua “Ocas”.

A Defensoria Pública de SP conta com uma Ouvidoria independente, criada para ser um canal de comunicação permanente entre a Defensoria Pública e a sociedade civil, recebendo reclamações, sugestões e opiniões dos cidadãos que procuram a instituição. A Ouvidoria é chefiada por pessoa externa aos quadros da carreira, escolhida pelo Conselho Superior com base em lista elaborada pelo Conselho Estadual de Defesa da Pessoa Humana (Condepe). Após a escolha, o Ouvidor tem mandato de dois anos no cargo.